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Fisioterapia uroginecológica: focos de atuação

Fisioterapia Uroginecológica: focos de atuação

Simone Kazue Hanai – Fisioterapia Uroginecológica

 

A Fisioterapia Uroginecológica atua no tratamento conservador das disfunções urogenitais e anorretais, de homens e mulheres. Sua contribuição para o bem-estar físico e social destes pacientes é comprovada na prática clínica.

Os focos de atuação desta especialidade fisioterápica são: incontinência urinária; incontinência fecal; urgência miccional; constipação; flacidez perineal; disfunções sexuais; dores pélvicas; prolapsos genitais; gravidez; pós-parto; cirurgias pélvicas e cirurgias de próstata.

A Fisioterapia Uroginecológica utiliza diversos materiais e equipamentos durante as sessões e a escolha do tratamento é feita após uma cuidadosa avaliação do paciente e de suas queixas. Dentre os tipos de tratamento, podemos citar: eletroestimulação e biofeedback; terapia manual para reeducação e propriocepção; massagem perineal e exercícios específicos; cones vaginais; terapia comportamental, incluindo mudanças de hábitos.

A Incontinência Urinária é definida como sendo qualquer perda involuntária de urina. O tipo mais comum é a chamada “de esforço” que pode ocorrer ao tossir, espirrar ou realizar algum grau de esforço físico. A incontinência urinária pode ser “de urgência” onde a bexiga é hiperativa, ou seja, trabalha demais e faz surgir a vontade de urinar a todo momento.

É importante salientar que cada vez mais se encontra pacientes jovens em busca da fisioterapia uroginecológica para tratamento de incontinência urinária. Portanto, se engana quem pensa que incontinência urinária ocorre somente na terceira idade.

Dependendo do grau da incontinência urinária, a pessoa passa a ter sua qualidade de vida afetada, uma vez que não consegue realizar plenamente suas atividades diárias sem passar por constrangimentos sociais.

Para aquelas mulheres que possuem “bexiga caída” e consequentemente perdem urina, a Fisioterapia Uroginecológica é, atualmente,  apontada como procedimento de primeira escolha no tratamento destas disfunções miccionais (de grau leve a moderado) evitando ou retardando o tratamento cirúrgico. Porém, se a cirurgia for necessária (chamada de sling ou suspensão de bexiga), as sessões de fisioterapia estão indicadas tanto no pré quanto no pós-operatório uma vez que o resultado cirúrgico se torna melhor.

Em homens com incontinência urinária, as causas podem ser bem variadas. A identificação da origem da perda urinária é essencial para o tratamento adequado. Se não houver problemas neurológicos que justifiquem, a incontinência urinária está, na maioria das vezes, associada à história de cirurgias de próstata. Durante o ato cirúrgico, pode ocorrer uma lesão do esfíncter ou do nervo responsável pelo funcionamento adequado, levando assim a perdas urinárias. Já as perdas no pós operatório podem decorrer de um excesso de contrações da bexiga durante o enchimento ou mesmo de transbordamento da urina.

Em relação à constipação existem várias causas que impedem um trânsito intestinal adequado, como por exemplo, lesões ou alterações na estrutura anatômica do intestino (estreitamento das alças intestinais e/ou diminuição dos movimentos intestinais); câncer de cólon (intestino); doenças neurológicas como Parkinson; doenças crônicas como o Diabete Mellitus; lesão de medula causada por trauma; efeitos colaterais pelo uso prolongado de medicamentos tais como antidepressivos, antiparkinsonianos e anti-hipertensivos. Não esquecendo que a constipação pode, muitas vezes, estar associada  ao comportamento individual da pessoa: aquele hábito de “segurar” por muito tempo pode diminuir a sensibilidade da porção final do intestino grosso e do canal retal, atrapalhando assim a evacuação.

Quando não há nenhuma doença associada ou nenhuma alteração no intestino, ou seja, quando a queixa do paciente é apenas a constipação, ela pode ser classificada em 3 tipos: constipação de trânsito normal, distúrbios defecatórios e constipação de trânsito lento.

A Fisioterapia Uroginecológica aborda e trata principalmente os distúrbios defecatórios. Estes são provenientes do mal funcionamento do assoalho pélvico (conjunto de músculos que sustentam os órgãos do abdome) ou de alguma disfunção do esfíncter anal. Uma característica deste tipo de distúrbio defecatório é o esforço excessivo e a sensação de eliminação incompleta das fezes. Como o problema está nos músculos, o tratamento consiste em exercícios específicos da musculatura da região pélvica (bacia). O paciente é orientado a saber controlar estes músculos de maneira correta e assim facilitar a evacuação. Além dos exercícios, a Eletroestimulação é uma grande aliada neste processo de reabilitação do paciente constipado.

O número de sessões de fisioterapia depende da queixa do paciente, do grau da disfunção que está causando o sintoma e também da resposta individual que cada paciente adquire durante o tratamento. Quanto mais precoce for o encaminhamento do paciente para a fisioterapia , maior será a chance de sucesso deste tratamento.

Não esqueça: é um tratamento individual, simples, indolor e seguro.


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