Inicio / Espaço Saúde / A consciência da mudança de hábitos
A consciência da mudança de hábitos
A Obesidade é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia do século. A situação é preocupante, uma vez que já se observa o comprometimento das futuras gerações: nossas crianças de hoje. No Brasil, como no restante do mundo, a questão chama a atenção. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em agosto de 2010, revelam que uma em cada 3 crianças de 5 a 9 anos tem excesso de peso (33,5%) e 14,3% são obesas. Segundo Oliveira (2000), cerca de 40 a 80% das crianças obesas aos 7 anos serão adultos obesos e cerca de 80% dos adolescentes obesos se tornarão adultos obesos. Tais dados são alarmantes e prevêem um aumento da obesidade na população brasileira nos próximos anos.
A Obesidade, como evento epidemiológico de saúde pública, revela-se como um problema multidimensional, um mal que gera consequências não apenas físicas, mas também psicológicas e sociais: possibilita o surgimento de outras doenças, compromete o auto-conceito do indivíduo – podendo gerar sintomas ou estados de ansiedade e depressão – além de trazer muitas vezes dificuldades no ambiente de trabalho e nos relacionamentos.
Tais evidências exigem reflexões, e mais do que isto: atitudes. A nutrição e a saúde devem se reposicionar em um mesmo patamar, sendo capazes de atuar conjuntamente na observação e tratamento de todos os fatores envolvidos, em direção a uma mudança de hábitos saudáveis e a um novo padrão funcional do indivíduo, na relação consigo mesmo e com os outros. Serão muitos os benefícios daí advindos para o corpo e a mente.
Combater a Obesidade –, requer uma atitude imediata que deve partir de cada pessoa, individualmente. As campanhas vinculadas pelo setor público são de suma importância, porém a vontade de se tornar mais saudável deve partir de cada indivíduo, e uma mudança nesse sentido envolve cultura, crenças e simbolismos ligados não somente à alimentação mas também ao olhar sobre si mesmo.
É nos lares que a atenção às mudanças deve ter prioridade. A iniciativa pode partir de um dos membros da família e assim ser transmitida aos demais. A importância da REEDUCAÇÃO ALIMENTAR, com a introdução gradual de alimentos orgânicos, o equilíbrio dos componentes nutricionais em cada refeição e a redução de lanches industrializados pode ser estimulada o mais cedo possível. Receitas fáceis, realizadas com a ajuda das crianças servem de estímulo para todos. O estilo de vida da família pode ser modificado não só em termos de alimentação, atividades física e cultural, como também em relação aos aspectos psicológicos e relacionais, favorecendo um novo jeito de viver e ser, mais saudável e funcional, em todos os sentidos.
Na maioria dos casos, após buscarmos na leitura e na experiência de parentes e amigos, nos conscientizamos da importância da REEDUCAÇÃO ALIMENTAR. Assim tomamos coragem de iniciar o processo que certamente nos levará à uma vida mais plena, cheia de saúde, com mais disposição e energia para trabalharmos, estudarmos e nos divertirmos no dia a dia.
Porém, muitas vezes não conseguimos dar seguimento ao novo estilo de vida: quer por falta de estímulo, quer por aquelas crenças de que não vamos conseguir mudar ou porque achamos que mesmo com todo o esforço, está demorando muito a chegarmos à silhueta desejada... Pensando em todas estas facetas do processo, e sabendo das dificuldades em estabelecer uma mudança no estilo de vida e nos padrões de funcionamento, é que a Saúde Santa Mônica começa a oferecer um Programa de Reeducação Alimentar com Apoio Psicológico para que você e sua família passem a fazer parte do time “sou saudável com meu novo estilo de vida”.
Este programa conta com a avaliação e acompanhamento semanal de Nutricionista e Psicóloga que o ajudarão na mudança de seus hábitos alimentares e do seu estilo de vida, fornecendo assim subsídios para a manutenção de sua saúde e a perpetuação desta dentro de sua família.
O programa se prolonga por 3 meses e alguns dos encontros são marcados pela presença dos dois profissionais de saúde. A troca de informações é dinâmica, e o trabalho conjunto entre o candidato a “sou saudável com meu novo estilo de vida” e os profissionais, torna-se uma experiência mais agradável e menos monótona.
A saúde deve ser vista como um investimento a longo prazo. Precisamos envelhecer com saúde, se possível sem depender totalmente de remédios e de outras pessoas, mantendo nossa saúde física e mental. Pense nisto, pois SUA SAÚDE VALE MUITO!
Luciana Boeing – Psicóloga CRP/SC 12 0732
Maria do Carmo de L. Martins – Nutricionista CRN/SC 10 0803
Oliveira, R. G. A. (2000). Obesidade na infância e adolescência como fator de risco para doenças cardiovasculares do adulto. Simpósio- Obesidade e anemia carencial na adolescência (pp. 65-75). Salvador, BA.