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Queda de cabelos

Queda de cabelos

Dra. Andréa Santos Soares

Dermatologista – CREMESC 17370 l RQE 13791

Membro da Soc. Bras. Dermatologia

 

Homens e mulheres saudáveis possuem entre 80.000 e 150.000 fios de cabelo no couro cabeludo. Os cabelos são estruturas em forma de fio, compostos principalmente de queratina e são produzidos dentro de seus folículos. Todos os folículos de cabelo passam por ciclos repetidos de crescimento e descanso. Durante a fase de crescimento (fase anágena), que dura entre 2 e 6 anos, o fio de cabelo cresce cerca de 0,3mm por dia, ou 1cm por mês. O comprimento máximo que os cabelos conseguem atingir depende da duração dessa fase, o que muda de pessoa para pessoa.

Uma das queixas mais frequentes no consultório dermatológico é a queda de cabelos. E temos que concordar com os pacientes... é um sintoma desesperador! Perder uma maior quantidade de cabelos do que a usual é, para a maioria dos pacientes (principalmente para as mulheres), um dos sintomas que mais traz ansiedade e diminuição da autoestima, já que a maioria das pessoas liga a vaidade e a beleza a um cabelo de longo, cheio e de aparência saudável! 

Há um limite normal de queda de fios diários que varia de acordo com o paciente e não necessariamente traduz a existência de uma doença em atividade.  Cerca de 10 a 15% dos fios presentes no couro cabeludo estão na fase de queda (fase telógena), sem que isso signifique uma doença. Como podemos avaliar isso no nosso dia-a-dia? Normalmente perdemos cerca de 100 fios de cabelos diariamente, o que pode corresponder a um “chumaço”de cabelos, quando agrupamos toda a perda do dia. Quando ocorre uma perda abundante, podemos perceber através do acúmulo excessivo de fios na escova de cabelos ou quando há cabelos em excesso no travesseiro ou na cama. Podemos notar também que existe uma queda maior durante o banho ou mesmo perceber que existe uma rarefação dos cabelos no couro cabeludo, o que chamamos de alopécia, mais conhecida como calvície.

Há inúmeras causas para a queda de cabelos, sendo que as mais comuns são as deficiências nutricionais (deficiência de ferro, por exemplo) e alterações na glândula tireóide (como no hipotireoidismo), que causam a queda difusa dos cabelos pela aceleração da passagem da fase de crescimento (anágena) para a de queda (telógena). Mas também existem outras causas: uso de medicamentos; estresse emocional ou cirúrgico; doenças que estejam descompensadas ou que não estejam sendo tratadas adequadamente; alopécia areata (a perda total de cabelos em uma região do couro cabeludo, formando círculos) e a alopécia androgenética. Essa última é mais conhecida como calvície masculina, mas pode acometer uma em cada cinco mulheres e estar relacionada com fatores hormonais e genéticos. Por existirem diversas causas e tratamentos específicos para cada tipo de queda de cabelo, a automedicação não é recomendada, pois pode colocar a sua saúde e a sua beleza em risco.

O rompimento dos fios é uma outra situação que pode ocorrer, mas que não deve ser confundida com a queda de cabelos. O rompimento dos fios ocorre quando a haste do fio se encontra fragilizada e se rompe. Muitas vezes ocorre na região próxima ao couro cabeludo, dificultando o diagnóstico. Existem doenças que danificam a haste dos cabelos, mas na maioria das vezes isso ocorre pelo uso excessivo de tinturas nos cabelos, alisadores, apliques/mega hair ou pela própria tração realizada ao amarrar os cabelos.

Se você está percebendo um aumento na queda de seus cabelos ou qualquer sinal de rarefação capilar, procure um Dermatologista associado à Sociedade Brasileira de Dermatologia, para que ele possa avaliar as características da sua queda, investigar as causas e tratar adequadamente o seu caso. O Dermatologista é o médico especialista em pele, cabelos e unhas e é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar esse tipo de situação.

 


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